segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Entradas - Patrimonio Historico



Património Histórico
Além de uma arquitectura tradicional muito típica, Entradas possui um importante património edificado. Consta que chegou a ter sete igrejas: Igreja Matriz, Igreja da Misericórdia, Ermida de Nossa Senhora da Esperança e Igreja do Mártir Santo, todas em excelente estado de conservação e abertas ao culto. As igrejas de Santa Madalena e São João foram totalmente destruídas e a Igreja de Santo Isidoro está em ruínas.
IGREJA MATRIZ (Séc. XVIII)
A Igreja Matriz, dedicada a Santiago Maior e construída no Século XVIII, tem um altar-mor construído em mármore branco e preto de Estremoz, avaliado como o mais valioso de toda a Diocese de Beja. No seu conjunto destaca-se a belíssima imagem de Santa Bárbara, criada em Malines (Flandres) no século XV e regularmente utilizada em exposições de arte sacra pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1993.
IGREJA DA MISERICÓRDIA (Séc. XVI)
A Igreja da Misericórdia, datada do Século XVII, é actualmente utilizada como capela mortuária. Apresenta ainda uma parte dos degraus do altar revestida de azulejos hispano-árabes, reveladores do valor e beleza antiga deste templo. Estes azulejos setecentistas foram criados nas oficinas de tradição árabe da Triana, na cidade espanhola de Sevilha. Destacam-se ainda as imagens da Senhora da Piedade, de Santo Isidoro, da Santa Apolónia e o arquibanco da Irmandade. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1987.
IGREJA DE NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA (Séc. XVI)
A Igreja de Nossa Senhora da Esperança é o mais antigo templo da localidade. Datada do Século XVI, a sua construção foi patrocinada por D. Bartolomeu Leitão, bispo de Cabo Verde, natural de Entradas. Hoje o templo apresenta alguma degradação dos frescos da abóbada, mas mantém um interessante altar, constituído por talha dourada com colunas salomónicas, ostentando algumas figuras de pelicanos. Por cima do retábulo estão três figuras representando o Mistério da Santíssima Trindade. Foi classificada como Imóvel de Interesse Público em 1993.
ERMIDA DE S. SEBASTIÃO (Séc. XVII)
Situada junto ao cemitério, é uma capela muito simples, sem quaisquer manifestações de arquitectura ou riqueza. Aponta-se o século XVII como data provável do início da sua construção. No século seguinte foi feito o retábulo e a moldura do arco triunfal.
CASTELO VELHO DE COBRES
No domínio do património histórica, importa referir as ruínas do Castelo Velho de Cobres, também denominado como Castelo do Montel. Situadas junto à Ribeira de Cobres, as ruínas da antiga fortificação ainda hoje se podem visitar, remontam a um castro pré-histórico e estão classificadas como imóvel de interesse público desde 1991. Ali terá existido um reduto castrejo, aproveitado pelos povos que se seguiram aos Lusitanos. São visíveis os vestígios de estruturas defensivas: dois fossos cortados na rocha, duas ordens de muralhas, torreões salientes e uma grande torre maciça que defende a entrada do recinto, junto à antiga acrópole.Durantes as escavações arqueológicas ali realizadas, foram achados à superfície um javali em bronze; o pedaço de uma cabra selvagem em bronze; parte de um perfumador; e inúmeros fragmentos de cerâmica estampilhada.
PELOURINHO DE ENTRADAS (Séc. XVI)A vila de Entradas recebeu foral de D. Manuel em 1512 e, nessa data, foi construído o respectivo pelourinho. A localização original era o Largo Zeca Afonso, frente aos antigos Paços do concelho. Destruído em data não especificada, restam alguns fragmentos que poderão vir a ser recolocados no seu local de origem.

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